A CAMPANHA
DA FRATERNIDADE
TEM COMO PROPOSTA UM OLHAR MAIS
ATENTO À REALIDADE
DOS JOVENS,
acolhendo-os
com a riqueza de suas
diversidades, propostas e potencialidades;
auxiliando-os neste
contexto de profundo impacto cultural e de relações midiáticas; maior
solidariedade em seus sofrimentos e angústias,
especialmente junto aos que mais
sofrem com os desafios da exclusão social, reavivando seu potencial de participação e transformação.
A CAMPANHA,
NO CONTEXTO DO ANO DA FÉ, PRETENDE
MOBILIZAR A IGREJA
E OS SEGMENTOS DA SOCIEDADE, A FIM DE SE
SOLIDARIZAREM COM OS JOVENS, FAVORECENDO-LHES ESPAÇOS, PROJETOS E POLÍTICAS PÚBLICAS
QUE POSSAM AUXILIÁ-LOS A ORGANIZAREM A
PRÓPRIA VIDA A
PARTIR DE ESCOLHAS FUNDAMENTAIS E DE UMA CONSTRUÇÃO SÓLIDA DO PROJETO PESSOAL, A SE
COMPREENDEREM COMO FORÇA DE TRANSFORMAÇÃO
PARA OS NOVOS TEMPOS, A DESENVOLVEREM SEU POTENCIAL COMUNICATIVO
PELAS REDES SOCIAIS EM VISTA DA
ÉTICA E DO BEM DE TODOS, A
ASSUMIREM SEU PAPEL ESPECÍFICO NA COMUNIDADE
ECLESIAL E NO EXERCÍCIO DO PROTAGONISMO QUE DELES SE ESPERA, NAS
COMUNIDADES E NA LUTA
POR UMA SOCIEDADE QUE PROPORCIONE VIDA A
TODOS.
A JUVENTUDE BRASILEIRA CONSTITUI UM DOS MAIORES SEGMENTOS DA POPULAÇÃO:
SÃO 51 MILHÕES DE JOVENS ENTRE 15 E 29
ANOS NO BRASIL, segundo
o censo do IBGE (2010), isto é, um quarto da população.
Segundo
dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 18 milhões de jovens entre 15 e 24 anos estão fora da
escola e 1,8 milhão de jovens brasileiros não cursam o ensino médio. Esse número
representa 17,9% do total de talentos que temos no Brasil.
ENTRE
18 E 24 ANOS, FASE DE
INGRESSAR EM UMA UNIVERSIDADE, mais de 16,5 milhões de jovens não estudam,
ou seja, 69,1% do total.
QUANTO À POPULAÇÃO CARCERÁRIA, de
acordo com os dados de 2007 do Ministério da Justiça, 60% DOS PRESOS (AS) DO PAÍS TÊM ENTRE 18 E 29 ANOS.
A REVISTA “CARTA
CAPITAL” (Nº 730, DE 9/1/2013), EM UMA REPORTAGEM, APRESENTA A JUVENTUDE COMO O
GRUPO MAIS DESPROTEGIDO DA SOCIEDADE BRASILEIRA:
São os jovens de hoje, pouco contemplados por políticas,
os responsáveis pelo futuro.
“A
juventude foi um dos últimos segmentos a ganhar reconhecimento das políticas
públicas no Brasil”, certifica a secretária Nacional de Juventude, Severine
Macedo. A secretaria foi criada somente em 2005, com o Conselho Nacional de
Juventude e do Pro jovem, na esteira do Plano Nacional da Juventude.
Hoje,
essa faixa da população tem, oficialmente, direito a ações específicas do
Estado em educação e na geração de emprego.
Funciona? Pouco. “Estamos disputando uma
visão do que é ser jovem no Brasil”, diz Severine.
O
projeto de lei, que cria o Estatuto do Jovem e define os seus direitos e o
Sistema Nacional de Juventude, está emperrado no Congresso.
Desde
a criação da secretaria, mais de mil municípios montaram estrutura semelhante,
o que não evita a sobreposição de ações: o jovem é ponto cego das políticas públicas. Tem
estado com a Secretaria da Juventude e Esporte, Juventude e Cultura e por aí
vai. E o que dizer do orçamento de 30 milhões de reais da pasta? Hoje, o órgão
repassa meros 150 mil reais a cada estado, para seminários e conselhos de
discussão.
Não
é que o Estado não tenha iniciativas: elas só não funcionam de forma integrada.
NA META DA INCLUSÃO, ALÉM DE INVESTIR NA EDUCAÇÃO, DEVEM EXISTIR
OUTRAS FORMAS PARA ATRAIR O JOVEM EXCLUÍDO.
OS
ESPECIALISTAS SÃO UNÂNIMES AO AFIRMAR QUE A EDUCAÇÃO NA JUVENTUDE PARECE
MANTER-SE POR UM FIO.
Muitos
enfrentam problemas como a pobreza extrema, drogas, violência e gravidez. Têm
uma vida instável, que afasta a prioridade da educação e os leva a abandonar a
escola.
NO CAMPO E NA CIDADE, OS JOVENS CARECEM
DE APOIO DISTINTO: são juventudes no plural, dizem os
especialistas, cada uma com sua realidade.
Nenhuma juventude sofre mais que a negra
e (geralmente) pobre. Segundo o Unicef, um adolescente negro tem
quase quatro vezes mais risco de ser assassinado do que um branco. O número de
jovens negros analfabetos, na faixa etária de 15 a 29 anos, é quase duas vezes
maior que o de brancos. “Mesmo que o
jovem negro consiga enfrentar a desigualdade e educar-se, ainda resta o
preconceito”, diz Carrano. “PARA SAIR
DESSE CICLO VICIOSO, ELE PRECISA SER AJUDADO. E POLÍTICAS PÚBLICAS NÃO ADIANTAM
SE NÃO VENCERMOS A POBREZA”.
ENQUANTO O IDEAL DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
SEGUE LONGE, POLÍTICAS ESPECÍFICAS AJUDARIAM A INTEGRAR ESSES JOVENS : POR EXEMPLO, FACILITAR O TRÂNSITO DA
PERIFERIA ATÉ O CENTRO, DAR-LHES ACESSO AO LAZER E À CULTURA - INCLUSIVE, A
MOSTRAR A CULTURA QUE PRODUZEM.
A DESPEITO DA PECHA DE “APÁTICOS”, OS
JOVENS CADA VEZ MAIS TÊM LUTADO POR DIREITOS. Após cerca de 1,5 mil reuniões em todo o Brasil, que mobilizaram meio
milhão deles, segundo a secretaria, milhares foram a Brasília para a segunda
Conferência Nacional da Juventude. Dentre as propostas aprovadas estavam o aumento
das cotas e de cursos técnicos gratuitos. Não são burocratas sentados em suas
mesas na capital ditando regras: os jovens é que
apontam suas próprias carências (Carta Capital, n.730,
por Willian Vieira e Gabriel Bonis).
ANALISANDO
A REALIDADE DA JUVENTUDE HOJE, NOSSO OLHAR SE VOLTA PARA O MODO COMO A
JUVENTUDE APARECE NO DOCUMENTO DE APARECIDA.
Os
jovens, segundo o Documento, “constituem a grande
maioria da população da América Latina e do Caribe” e “representam enorme
potencial para o presente e o futuro da Igreja e de nossos povos” (DAp
443).
DE UM LADO, A IGREJA RECONHECE, ATRAVÉS DO DOCUMENTO, QUE
“INUMERÁVEIS JOVENS DO NOSSO CONTINENTE PASSAM POR SITUAÇÕES QUE OS AFETAM
SIGNIFICATIVAMENTE”:
- as sequelas da pobreza;
- a socialização de valores implantada
em novos ambientes com forte carga de alienação;
- a permeabilidade às novas formas de
expressões culturais, afetando a identidade pessoal e social do jovem;
-o fato de os jovens serem presa fácil
das novas propostas religiosas e pseudo-religiosas;
- as crises da família produzindo, na
juventude, profundas carências afetivas e conflitos emocionais (444);
- a repercussão que tem, nos jovens, uma
educação de baixa qualidade (445);
- a ausência de jovens na esfera
política devido à desconfiança que geram as situações de corrupção, o
desprestígio dos políticos e a procura de interesses pessoais frente ao bem
comum” (445);
- o suicídio de jovens;
- a impossibilidade de estudar e
trabalhar;
- o fato de terem que deixar seus países
“dando ao fenômeno da mobilidade humana e da migração um rosto juvenil” (445);
- o uso indiscriminado e abusivo da
comunicação virtual.
E, DE OUTRO LADO, DESTACA NO
DOCUMENTO DE APARECIDA (N.443) QUALIDADES JUVENIS:
1- A Sensibilidade: os
jovens “são sensíveis a descobrir sua vocação”. Recorda que João Paulo II os
chamou de “sentinelas da manhã”. “São capazes e sensíveis para descobrir
o chamado particular que o Senhor Jesus lhes faz”.
2- A Generosidade: os
jovens são generosos para servir, especialmente os mais necessitados.
3-
A Potencialidade: os jovens “têm capacidade de se opor
às falsas ilusões de felicidade e aos paraísos enganosos das drogas, do prazer,
do álcool e de todas as formas de violência”.
4-
A Missionariedade: “As novas gerações”, diz o
Documento, “são chamadas a transmitir a seus irmãos jovens a corrente de vida
que procede de Cristo e a compartilhá-la em comunidade, construindo a Igreja e
a sociedade”.
AOS
NOSSOS JOVENS QUE SE PREPARAM PARA A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE, FAZEMOS
VOTOS DE QUE A CAMPANHA DA FRATERNIDADE E A SEMANA MISSIONÁRIA CONTRIBUAM PARA
O CRESCIMENTO DA FÉ E DA SOLIDARIEDADE, AO ENCONTRO PESSOAL COM JESUS CRISTO E
SUA PROPOSTA DE AMOR E, SOBRETUDO, VIVENCIA DA EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA,
TORNANDO-SE PROTAGONISTAS DA EVANGELIZAÇÃO.
PELOS
NOSSOS JOVENS, CONVIDAMOS TODAS AS COMUNIDADES A ORAREM:
“Fica, Senhor, com
nossas crianças e com nossos jovens, que são a esperança e a riqueza de nosso
Continente, protege-os de tantas armadilhas que atentam contra sua inocência e
contra suas legítimas esperanças” (DAp 554).
Fonte:
www.ariquemesonline.com.br
( algumas adaptações foram feitas por Marizete Cajaíba)
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