terça-feira, 5 de março de 2013

CONCLAVE : 1-SIGNIFICADO 2-OBJETIVO 3-COMO ACONTECE 4- A VOTAÇÃO 5-SIGNIFICADO DA COR DA FUMAÇA 6-OS RITOS DO CONCLAVE APÓS A ELEIÇÃO DO NOVO PAPA 7- O NOME DO PAPA 8- O FIM DO CONCLAVE









 
CONCLAVE :
1-SIGNIFICADO
2-OBJETIVO
3-COMO ACONTECE
4- A VOTAÇÃO
5-SIGNIFICADO DA COR DA FUMAÇA
6-OS RITOS DO CONCLAVE APÓS A ELEIÇÃO DO NOVO PAPA
7- O NOME DO PAPA
8- O FIM DO CONCLAVE

1-SIGNIFICADO


A PALAVRA CONCLAVE É UTILIZADA DESDE O SÉCULO XIII, QUANDO FOI INSTITUÍDO O ISOLAMENTO DOS CARDEAIS PARA A VOTAÇÃO DO NOVO PONTÍFICE.

ELA VEM DO LATIM  “CUM CLAVE”
E SIGNIFICA “COM CHAVE” OU “QUARTO FECHADO”, PARA EVIDENCIAR O CARÁTER SECRETO DO EVENTO
  

2-OBJETIVO

O CONCLAVE É UM RITUAL PRATICAMENTE INALTERADO DESDE HÁ OITO SÉCULOS: foi o Papa Gregório X que usou pela primeira vez a palavra em 1274 e instituiu a base dos atuais conclaves. Isto deveu-se à demorada sucessão do Papa Clemente IV, que demorou mais de um ano e meio.
 O PAPA QUIS ENTÃO PREVENIR QUE A ESCOLHA DO SUMO PONTÍFICE NÃO DEMORASSE TANTO TEMPO, OBRIGANDO QUE A REUNIÃO TIVESSE DE SER CONCLUSIVA.
Um conclave deve começar entre 15 e 20 dias depois da renúncia ou morte do Papa

É normal que os conclaves durem entre 2 a 5 dias (entre os do século XX o mais rápido foi o de 1939 que elegeu Pio XII em dois dias e três votações e o mais demorado o de 1922 que elegeu Pio XI em cinco dias e catorze votações.

Os conclaves mais antigos tanto poderiam arrastar-se longamente (como o da eleição do Papa Celestino V entre 1292 e 1294 que demorou 27 meses) ou ficar decididos em poucas horas, como o de 1503 de onde saiu eleito o Papa Júlio II.


O COLÉGIO DOS CARDEAIS FICA RESPONSÁVEL POR ESCOLHER QUEM SERÁ O PRÓXIMO PAPA.

3-COMO ACONTECE
Um conclave deve começar entre 15 e 20 dias depois da renúncia ou morte do Papa.  O intervalo denomina-se novemdiales.
Este período termina com a missa Pro Eligendo Papa, com a presença de todos os Cardeais na Basílica de São Pedro na mesma manhã em que começa o conclave.
Capela Sistina, onde se fazem as votações
Depois, os membros do Colégio Cardinalício dirigem-se à Capela Sistina, onde se fazem as votações.


OS CARDEAIS COM MENOS DE 80 ANOS VOTAM NA ESCOLHA DO LÍDER RELIGIOSO.
 ESSE PROCESSO DE VOTAÇÃO, QUE ACONTECE            

OS CARDEAIS FICAM ISOLADOS DE TUDO ENQUANTO O CONCLAVE ACONTECE.
 PORÉM, OS CARDEAIS NÃO FICARÃO TRANCADOS NA CAPELA SISTINA POR TODO O CONCLAVE; mas, mesmo enquanto estiverem fora de sessão, não terão acesso a televisão, rádio ou telefone durante o processo de eleição.
Os cardeais ficarão na Casa de Santa Marta, que fica a 300 metros da Capela Sistina.
É permitido também , a participação dos cardeais com mais de 80 anos nas discussões que acontecem dentro do Conclave, impedindo-os, entretanto, de votar.

(Essa eleição papal está sujeita às regras definidas no documento Universi Dominici Gregis, uma Constituição Apostólica do Papa João Paulo II, lançada em 1996)
4- A VOTAÇÃO

COMO ACONTECE A VOTAÇÃO

Todos os Cardeais permanecem isolados.
 Antes de começar o Conclave eles juram que seguirão todas as regras e que guardarão segredo sobre a eleição.
 A pena para quem não guarda segredo é a excomunhão.

Três Cardeais são, então, eleitos escrutinadores ( que conferem  e contam os votos), para ocupar a mesa onde serão apurados os votos, e outros três são escolhidos para revisar o processo.

É entregue a cada Cardeal uma cédula com espaço para escrever o nome do escolhido, em cuja parte superior se encontra, a frase Eligo in summum pontificem (Elejo como Sumo Pontífice, em latim).

Cada eleitor ( cardeal)  leva o papel, de uma forma visível, até o altar da Capela Sistina.
Antes de deixar seu voto em uma espécie de prato, que servirá para despejar o voto em uma urna, o Cardeal deve dizer em voz altaInvoco como testemunha Cristo Senhor, o qual há de julgar que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo que deve ser eleito”.

Os votos são colocados na urna e depois contados.

O primeiro Cardeal escrutinador pega uma cédula, lê o nome do escolhido e passa para o segundo. Este confirma o nome e repassa o papel para o terceiro que, por sua vez, anota o nome numa folha e o lê em voz alta, para que todos os eleitores possam anotar também.

É verificado se o número de votos corresponde ao número de Cardeais presentes.
Em seguida, os papéis são queimados na estufa, com chaminé, da Capela Sistina.

PARA SER ELEITO PAPA, O CANDIDATO DEVE TER, PELO MENOS, 2/3 DOS VOTOS.

Segundo as novas normas estabelecidas pelo Papa João Paulo II em 1996, se não há um eleito após três dias de votação, se realizará uma pausa de um dia; ao fim de outros sete escrutínios ocorre outra pausa de um dia; se o impasse se mantém após mais sete votações, que acontecem em três dias, a eleição faz-se por maioria simples.

5-SIGNIFICADO DA COR DA FUMAÇA

FUMAÇA BRANCA SAINDO DA CHAMINÉ
DA CAPELA CISTINA
Se nenhum candidato tiver alcançado a maioria, a fumaça deve sair preta; mas, caso um cardeal seja eleito, a fumaça deve sair branca anunciando para toda a Igreja que o novo Papa foi escolhido.







6-OS RITOS DO CONCLAVE APÓS A ELEIÇÃO DO NOVO PAPA

Quando os cardeais eleitores tiverem concluído com êxito a eleição, o Ordo Rituum Conclavis (Ritos do Conclave), de acordo com a Constituição Apostólica, assinala que o último dos cardeais diáconos chamará à Capela Sistina o Secretário do Colégio dos Cardeais, o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e dois cerimonialistas.
Então o Cardeal Decano ou, em sua ausência, o Subdecano ou o Primeiro dos Cardeais por ordem de antigüidade, em nome de todo o Colégio dos eleitores pedirá o consentimento do eleito com as seguintes palavras: “Acceptasne electionem de te canonice factam in Summum Pontificem?” (“Aceitas tua eleição canônica para Sumo Pontífice?”, em latim).

7- O NOME DO PAPA

Enquanto tiver recebido o consentimento por parte do eleito, perguntará: “Quo nomine vis vocari?” (“Com que nome queres ser chamado?”, também em latim).
E já Sumo Pontífice, indicará o nome por ele decidido, com as seguintes palavras ou outras parecidas: “Vocabor N.” (“Chamar-me-ei N.”, em latim).
Neste momento, o Mestre de Celebrações Litúrgicas Pontifícias, atuando como notário e tendo como testemunhas dois cerimonialistas, levantará ata da aceitação do novo Pontífice e do nome que tomou.

Também ao finalizar a eleição, será redigido um escrito, que deve ser aprovado pelos três cardeais assistentes, no qual declara o resultado das votações de cada sessão.

“Este escrito será entregue ao Papa e, depois, será conservado no arquivo correspondente, selado, que não poderá ser aberto por ninguém, a não ser que o Sumo Pontífice permita explicitamente” (UDG 71).

Não se contempla que o eleito deva prestar nenhum tipo de juramento ao aceitar.  De fato, os cardeais eleitores, ao entrar no Conclave e antes de proceder à eleição, já haviam jurado:

“PROMETEMOS, OBRIGAMO-NOS E JURAMOS QUE QUEM QUER DE NÓS QUE, POR DISPOSIÇÃO DIVINA, SEJA ELEITO ROMANO PONTÍFICE, COMPROMETER-SE-Á A DESEMPENHAR FIELMENTE O MUNUS PETRINUM DE PASTOR DA IGREJA UNIVERSAL E NÃO DEIXARÁ DE AFIRMAR E DEFENDER DENOMINADAMENTE OS DIREITOS ESPIRITUAIS E TEMPORAIS, ASSIM COMO A LIBERDADE DA SANTA SÉ”.

Será após a aceitação que se queimarão os papéis com os quais se votou no último escrutínio e as notas.

8- O FIM DO CONCLAVE

“O Conclave se concluirá imediatamente depois que o novo Sumo Pontífice eleito tiver dado o consentimento a sua eleição, salvo que ele mesmo disponha outra coisa” (UDG 91).

A FUMAÇA BRANCA QUE SAIRÁ DA CHAMINÉ PROCEDENTE DA CAPELA SISTINA INDICARÁ AOS FIÉIS NO EXTERIOR O ÊXITO DA ELEIÇÃO.

O PAPA RECÉM ELEITO  APARECERÁ  Á VARANDA 
DA BASÍLICA. O SEU PRIMEIRO GESTO É A BÊNÇÃO 
URBI ET ORBI, LANÇADA SOBRE A CIDADE DE ROMA E O MUNDO



TEXTO COM ADAPTAÇÕES FEITAS POR MARIZETE CAJAIBA , SENDO QUE AS INFORMAÇÕES FORAM RETIRADAS DOS SEGUINTES SITES:



CAMERLENGO DA IGREJA CATÓLICA - função fundamental do cargo é assumir, interinamente, a direção de toda a Igreja Católica no momento de falecimento ou abdicação do Papa - Dom Cardeal Tarcisio Bertone





CAMERLENGO
A palavra "camerlengo" é derivada do italiano "camera",
 que significa câmara, quarto. 
Ela equivale, em português, à expressão "adido à câmara".
O camerlengo é uma função puramente administrativa, que só ganha importância na morte ou, no caso, na demissão de um papa.

O CAMERLENGO DA IGREJA CATÓLICA

O título camerlengo, na Igreja Católica, refere-se a um Cardeal do Colégio dos Cardeais.

Em geral, o título designa aquele que administra o tesouro e os bens do Estado, e o órgão por ele administrado normalmente tem o nome de "câmara".
 Outra função fundamental do cargo é assumir, interinamente, a direção de toda a Igreja Católica no momento de falecimento ou abdicação do Papa vigente, ganhando todos os seus atributos administrativos: devendo administrar o encerramento do papado, organizar um novo conclave e realizar a transição para um novo Sumo Pontífice - processo que pode levar meses.

O CAMERLENGO DA IGREJA CATÓLICA É O ADMINISTRADOR DA PROPRIEDADE E RECEITA DA SANTA SÉ; suas responsabilidades incluem a administração fiscal do Patrimônio de São Pedro.

Seu brasão é ornamentado com duas chaves, sendo uma prateada e a outra dourada.
 A dourada demonstra a parte divina da igreja, a prateada a parte humana. As duas chaves são sobrepostas por um ombrellino, um guarda-chuva de listras alternantes vermelhas e ouro (amarelas), que também é o brasão da Sede Vacante (tempo entre a morte ou renúncia de um papa e a eleição de outro).

Até o século XI, o Arquidiácono da Igreja Católica Apostólica Romana era responsável pela administração da propriedade da Igreja Católica, mas seus inúmeros antigos privilégios e direitos o tornavam um obstáculo para a ação independente do Papa; como resultado, quando o último Arquidiácono, Cardeal Hildebrando, foi eleito para o Pontificado em 1073, ele suprimiu o título de arquidiácono, e o cardeal responsável pelos bens da Santa Sé ficou conhecido como Camerarius, ou Camerlengo.
A maior responsabilidade do Cardeal Camerlengo é a determinação formal da morte do Papa; o procedimento tradicional, já em desuso, para essa situação se dava batendo gentilmente um martelo de prata na cabeça do Papa e chamando o seu nome.
Hoje o processo do martelo não é mais usado, e após o Papa ser declarado morto ou após a renúncia,  o Camerlengo remove o Anel do Pescador do seu dedo e o corta com uma grande tesoura na presença dos demais Cardeais, e também destrói a face do selo do Papa com o Martelo de Prata.
Esse ato simboliza o fim da autoridade do último Papa.
O CAMERLENGO NOTIFICA ENTÃO OS OFICIAS APROPRIADOS DA CÚRIA ROMANA E O DECANO DO COLÉGIO DOS CARDEAIS. DEPOIS, ELE COMEÇA OS PREPARATIVOS PARA O CONCLAVE 
ATÉ QUE O SUCESSOR DO PAPA SEJA ESCOLHIDO, O CARDEAL CAMERLENGO SERVE COMO O CHEFE DE ESTADO ATUANTE DO VATICANO.
ELE NÃO É, ENTRETANTO, RESPONSÁVEL PELO GOVERNO DA IGREJA CATÓLICA DURANTE A SEDE VACANTE, SENDO PORTANTO IMPOSSIBILITADO DE TOMAR AÇÕES PRÓPRIAS DO SUCESSOR DE PEDRO, COMO POR EXEMPLO, ESCREVER ENCÍCLICAS, CRIAR OU UNIR DIOCESES, NOMEAR BISPOS, ETC.

Constituição ApostólicaUniversi Dominici Gregis colocou a tarefa de governar a Igreja, durante a Tempe sede vacante, na mão do Colégio dos Cardeais - apesar desse poder governamental ser extremamente restrito, possibilitando apenas que a Igreja continue operando e realizando funções básicas, sem poder tomar decisões ou compromissos que são normalmente delegados apenas ao Papa, como já citados acima.

O Camerlengo, ainda assim, mantém seu escritório durante a sede vacante, ao contrário do resto da Cúria Romana.
O CAMERLENGO ATUAL é o Secretário de Estado de Sua Santidade Sua Eminência Reverendíssima Dom Cardeal Tarcisio BertoneCardeal-bispo de Frascati.


O CARDEAL CAMERLENGO, O ITALIANO TARCISIO BERTONE, É UMA ESPÉCIE DE "PAPA INTERINO", ENCARREGADO DE GERENCIAR A IGREJA ATÉ QUE O NOVO PONTÍFICE SEJA ELEITO.
SEUS PODERES, NO ENTANTO, SÃO REDUZIDOS.

TODOS OS MAIS ALTOS CARGOS DO GOVERNO DA IGREJA, ISTO É, A CÚRIA ROMANA, DEVEM SE DEMITIR DE SUAS FUNÇÕES quando o papa morre, segundo a Constituição Apostólica promulgada em 1996 por João Paulo II ,  a regra também vale em caso de demissão.
Somente o cardeal camerlengo continua a postos para administrar o que acontece na Igreja.
"
Na morte do pontífice, todos os chefes dos dicastérios da Cúria Romana, o cardeal secretário de Estado, os cardeais prefeitos, os bispos presidentes, assim como os membros desses ministérios, deixam seus cargos. 
As únicas exceções são o Camerlengo da Santa Igreja e o Grande Penitenciador, que continuam resolvendo o que acontece diariamente", indica o artigo 14 da Constituição.


 Monsenhor Bertone deverá simbolicamente tomar posse das funções papais, o Palácio Apostólico do Vaticano, os palácios do Latrão, sedes da diocese de Roma, onde o papa é por tradição o bispo, e de Castel Gandolfo, residência de verão dos papas. Esta última será, contudo, ocupada do Joseph Ratzinger, situação inédita na história recente da igreja.

Número dois do Vaticano, Bertone, foi nomeado camerlengo em abril de 2007.

Originário de Romano Canavese, uma pequena região italiana do Piemonte, o salesiano Tarcisio Bertone colaborou durante sete anos (1995-2002) com Ratzinger quando ele foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, antes de ser nomeado em 2006 Secretário de Estado do Vaticano, espécie de "chefe do governo" da Santa Sé.