domingo, 27 de janeiro de 2013

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013 : TEM COMO PROPOSTA UM OLHAR MAIS ATENTO À REALIDADE DOS JOVENS ( dados sobre a realidade do jovem brasileiro)




A CAMPANHA DA FRATERNIDADE TEM COMO PROPOSTA UM OLHAR MAIS ATENTO À REALIDADE DOS JOVENS, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades; auxiliando-os neste contexto de profundo impacto cultural e de relações midiáticas; maior solidariedade em seus sofrimentos e angústias, especialmente junto aos que mais sofrem com os desafios da exclusão social, reavivando seu potencial de participação e transformação.
A CAMPANHA, NO CONTEXTO DO ANO DA FÉ, PRETENDE MOBILIZAR A IGREJA E OS SEGMENTOS DA SOCIEDADE, A FIM DE SE SOLIDARIZAREM COM OS JOVENS, FAVORECENDO-LHES ESPAÇOS, PROJETOS E POLÍTICAS PÚBLICAS QUE POSSAM AUXILIÁ-LOS A ORGANIZAREM A PRÓPRIA VIDA A PARTIR DE ESCOLHAS FUNDAMENTAIS E DE UMA CONSTRUÇÃO SÓLIDA DO PROJETO PESSOAL, A SE COMPREENDEREM COMO FORÇA DE TRANSFORMAÇÃO PARA OS NOVOS TEMPOS, A DESENVOLVEREM SEU POTENCIAL COMUNICATIVO PELAS REDES SOCIAIS EM VISTA DA ÉTICA E DO BEM DE TODOS, A ASSUMIREM SEU PAPEL ESPECÍFICO NA COMUNIDADE ECLESIAL E NO EXERCÍCIO DO PROTAGONISMO QUE DELES SE ESPERA, NAS COMUNIDADES E NA LUTA POR UMA SOCIEDADE QUE PROPORCIONE VIDA A TODOS.
A JUVENTUDE BRASILEIRA CONSTITUI UM DOS MAIORES SEGMENTOS DA POPULAÇÃO:
SÃO 51 MILHÕES DE JOVENS ENTRE 15 E 29 ANOS NO BRASIL,  segundo o censo do IBGE (2010), isto é, um quarto da população.
Segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 18 milhões de jovens entre 15 e 24 anos estão fora da escola e 1,8 milhão de jovens brasileiros não cursam o ensino médio. Esse número representa 17,9% do total de talentos que temos no Brasil.
ENTRE 18 E 24 ANOS, FASE DE INGRESSAR EM UMA UNIVERSIDADE, mais de 16,5 milhões de jovens não estudam, ou seja, 69,1% do total.
QUANTO À POPULAÇÃO CARCERÁRIA, de acordo com os dados de 2007 do Ministério da Justiça, 60% DOS PRESOS (AS) DO PAÍS TÊM ENTRE 18 E 29 ANOS.

A REVISTA “CARTA CAPITAL” (Nº 730, DE 9/1/2013), EM UMA REPORTAGEM, APRESENTA A JUVENTUDE COMO O GRUPO MAIS DESPROTEGIDO DA SOCIEDADE BRASILEIRA:
São os jovens de hoje, pouco contemplados por políticas, os responsáveis pelo futuro.
“A juventude foi um dos últimos segmentos a ganhar reconhecimento das políticas públicas no Brasil”, certifica a secretária Nacional de Juventude, Severine Macedo. A secretaria foi criada somente em 2005, com o Conselho Nacional de Juventude e do Pro jovem, na esteira do Plano Nacional da Juventude.
Hoje, essa faixa da população tem, oficialmente, direito a ações específicas do Estado em educação e na geração de emprego.
Funciona? Pouco. “Estamos disputando uma visão do que é ser jovem no Brasil”, diz Severine.
O projeto de lei, que cria o Estatuto do Jovem e define os seus direitos e o Sistema Nacional de Juventude, está emperrado no Congresso.
Desde a criação da secretaria, mais de mil municípios montaram estrutura semelhante, o que não evita a sobreposição de ações: o jovem é ponto cego das políticas públicas. Tem estado com a Secretaria da Juventude e Esporte, Juventude e Cultura e por aí vai. E o que dizer do orçamento de 30 milhões de reais da pasta? Hoje, o órgão repassa meros 150 mil reais a cada estado, para seminários e conselhos de discussão.
Não é que o Estado não tenha iniciativas: elas só não funcionam de forma integrada.
NA META DA INCLUSÃO, ALÉM DE INVESTIR NA EDUCAÇÃO, DEVEM EXISTIR OUTRAS FORMAS PARA ATRAIR O JOVEM EXCLUÍDO.
OS ESPECIALISTAS SÃO UNÂNIMES AO AFIRMAR QUE A EDUCAÇÃO NA JUVENTUDE PARECE MANTER-SE POR UM FIO.
Muitos enfrentam problemas como a pobreza extrema, drogas, violência e gravidez. Têm uma vida instável, que afasta a prioridade da educação e os leva a abandonar a escola.
NO CAMPO E NA CIDADE, OS JOVENS CARECEM DE APOIO DISTINTO: são juventudes no plural, dizem os especialistas, cada uma com sua realidade.
Nenhuma juventude sofre mais que a negra e (geralmente) pobre. Segundo o Unicef, um adolescente negro tem quase quatro vezes mais risco de ser assassinado do que um branco. O número de jovens negros analfabetos, na faixa etária de 15 a 29 anos, é quase duas vezes maior que o de brancos. “Mesmo que o jovem negro consiga enfrentar a desigualdade e educar-se, ainda resta o preconceito”, diz Carrano. “PARA SAIR DESSE CICLO VICIOSO, ELE PRECISA SER AJUDADO. E POLÍTICAS PÚBLICAS NÃO ADIANTAM SE NÃO VENCERMOS A POBREZA”.

ENQUANTO O IDEAL DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA SEGUE LONGE, POLÍTICAS ESPECÍFICAS AJUDARIAM A INTEGRAR ESSES JOVENS : POR EXEMPLO, FACILITAR O TRÂNSITO DA PERIFERIA ATÉ O CENTRO, DAR-LHES ACESSO AO LAZER E À CULTURA - INCLUSIVE, A MOSTRAR A CULTURA QUE PRODUZEM.
A DESPEITO DA PECHA DE “APÁTICOS”, OS JOVENS CADA VEZ MAIS TÊM LUTADO POR DIREITOS. Após cerca de 1,5 mil reuniões em todo o Brasil, que mobilizaram meio milhão deles, segundo a secretaria, milhares foram a Brasília para a segunda Conferência Nacional da Juventude. Dentre as propostas aprovadas estavam o aumento das cotas e de cursos técnicos gratuitos. Não são burocratas sentados em suas mesas na capital ditando regras: os jovens é que apontam suas próprias carências (Carta Capital, n.730, por Willian Vieira e Gabriel Bonis).
ANALISANDO A REALIDADE DA JUVENTUDE HOJE, NOSSO OLHAR SE VOLTA PARA O MODO COMO A JUVENTUDE APARECE NO DOCUMENTO DE APARECIDA.
Os jovens, segundo o Documento, “constituem a grande maioria da população da América Latina e do Caribe” e “representam enorme potencial para o presente e o futuro da Igreja e de nossos povos” (DAp 443).
DE UM LADO, A IGREJA RECONHECE, ATRAVÉS DO DOCUMENTO, QUE “INUMERÁVEIS JOVENS DO NOSSO CONTINENTE PASSAM POR SITUAÇÕES QUE OS AFETAM SIGNIFICATIVAMENTE”:
- as sequelas da pobreza;
- a socialização de valores implantada em novos ambientes com forte carga de alienação;
- a permeabilidade às novas formas de expressões culturais, afetando a identidade pessoal e social do jovem;
-o fato de os jovens serem presa fácil das novas propostas religiosas e pseudo-religiosas;
- as crises da família produzindo, na juventude, profundas carências afetivas e conflitos emocionais (444);
- a repercussão que tem, nos jovens, uma educação de baixa qualidade (445);
- a ausência de jovens na esfera política devido à desconfiança que geram as situações de corrupção, o desprestígio dos políticos e a procura de interesses pessoais frente ao bem comum” (445);
- o suicídio de jovens;
- a impossibilidade de estudar e trabalhar;
- o fato de terem que deixar seus países “dando ao fenômeno da mobilidade humana e da migração um rosto juvenil” (445);
- o uso indiscriminado e abusivo da comunicação virtual.
E, DE OUTRO LADO, DESTACA NO DOCUMENTO DE APARECIDA (N.443) QUALIDADES JUVENIS:
1- A Sensibilidade: os jovens “são sensíveis a descobrir sua vocação”. Recorda que João Paulo II os chamou de “sentinelas da manhã”. “São capazes e sensíveis para descobrir o chamado particular que o Senhor Jesus lhes faz”. 

2- A Generosidade: os jovens são generosos para servir, especialmente os mais necessitados.
3-                A Potencialidade: os jovens “têm capacidade de se opor às falsas ilusões de felicidade e aos paraísos enganosos das drogas, do prazer, do álcool e de todas as formas de violência”.
4-                A Missionariedade: “As novas gerações”, diz o Documento, “são chamadas a transmitir a seus irmãos jovens a corrente de vida que procede de Cristo e a compartilhá-la em comunidade, construindo a Igreja e a sociedade”. 

AOS NOSSOS JOVENS QUE SE PREPARAM PARA A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE, FAZEMOS VOTOS DE QUE A CAMPANHA DA FRATERNIDADE E A SEMANA MISSIONÁRIA CONTRIBUAM PARA O CRESCIMENTO DA FÉ E DA SOLIDARIEDADE, AO ENCONTRO PESSOAL COM JESUS CRISTO E SUA PROPOSTA DE AMOR E, SOBRETUDO, VIVENCIA DA EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA, TORNANDO-SE PROTAGONISTAS DA EVANGELIZAÇÃO.
PELOS NOSSOS JOVENS, CONVIDAMOS TODAS AS COMUNIDADES A ORAREM:
“Fica, Senhor, com nossas crianças e com nossos jovens, que são a esperança e a riqueza de nosso Continente, protege-os de tantas armadilhas que atentam contra sua inocência e contra suas legítimas esperanças” (DAp 554).
                                           Fonte: www.ariquemesonline.com.br
( algumas adaptações foram feitas por Marizete Cajaíba)