CAMERLENGO
A
palavra "camerlengo" é derivada do italiano "camera",
que
significa câmara, quarto.
Ela
equivale, em português, à expressão "adido à câmara".
O camerlengo é uma função puramente
administrativa, que só ganha importância na morte ou, no caso, na demissão de
um papa.
O CAMERLENGO DA IGREJA CATÓLICA
O
título camerlengo, na Igreja Católica, refere-se a um Cardeal do Colégio dos Cardeais.
Em geral, o título designa aquele que
administra o tesouro e os bens do Estado,
e o órgão por ele administrado normalmente tem o nome de "câmara".
Outra função fundamental do cargo é assumir, interinamente, a
direção de toda a Igreja Católica no momento de falecimento ou abdicação do
Papa vigente, ganhando todos os seus atributos administrativos:
devendo administrar o encerramento do papado, organizar um novo conclave e
realizar a transição para um novo Sumo Pontífice - processo que pode levar
meses.
O CAMERLENGO DA IGREJA CATÓLICA É O
ADMINISTRADOR DA PROPRIEDADE E RECEITA DA SANTA SÉ; suas
responsabilidades incluem a administração fiscal do Patrimônio de São Pedro.
Seu brasão é ornamentado com duas chaves, sendo uma prateada
e a outra dourada.
A dourada demonstra a parte divina da igreja,
a prateada a parte humana. As duas chaves são sobrepostas por
um ombrellino, um guarda-chuva de listras alternantes vermelhas e ouro
(amarelas), que também é o brasão da Sede Vacante (tempo entre a morte ou renúncia de um papa
e a eleição de outro).
Até
o século XI, o Arquidiácono da Igreja Católica Apostólica Romana
era responsável pela administração da propriedade da Igreja Católica, mas seus
inúmeros antigos privilégios e direitos o tornavam um obstáculo para a ação
independente do Papa; como resultado, quando o último Arquidiácono, Cardeal Hildebrando, foi
eleito para o Pontificado em 1073, ele suprimiu o título de arquidiácono, e o
cardeal responsável pelos bens da Santa Sé ficou conhecido como Camerarius, ou
Camerlengo.
A
maior responsabilidade do Cardeal Camerlengo é a determinação
formal da morte do Papa; o procedimento tradicional, já em desuso, para essa
situação se dava batendo gentilmente um martelo de prata na cabeça do Papa e
chamando o seu nome.
Hoje
o processo do martelo não é mais usado, e após o Papa ser declarado morto ou
após a renúncia, o Camerlengo remove o Anel do Pescador do seu dedo e o corta com uma grande
tesoura na presença dos demais Cardeais, e também destrói a face do
selo do Papa com o Martelo de Prata.
Esse
ato simboliza o fim da autoridade do último Papa.
O CAMERLENGO NOTIFICA ENTÃO OS OFICIAS
APROPRIADOS DA CÚRIA
ROMANA E O DECANO DO COLÉGIO DOS CARDEAIS. DEPOIS, ELE COMEÇA
OS PREPARATIVOS PARA O CONCLAVE
ATÉ QUE O SUCESSOR DO PAPA
SEJA ESCOLHIDO, O CARDEAL CAMERLENGO SERVE
COMO O CHEFE DE ESTADO ATUANTE
DO VATICANO.
ELE NÃO É, ENTRETANTO, RESPONSÁVEL PELO GOVERNO DA IGREJA
CATÓLICA DURANTE A SEDE VACANTE, SENDO PORTANTO IMPOSSIBILITADO DE TOMAR
AÇÕES PRÓPRIAS DO SUCESSOR DE
PEDRO, COMO POR EXEMPLO, ESCREVER ENCÍCLICAS, CRIAR OU UNIR
DIOCESES, NOMEAR BISPOS, ETC.
A Constituição ApostólicaUniversi Dominici Gregis colocou
a tarefa de governar a Igreja, durante a Tempe sede vacante, na mão
do Colégio dos Cardeais -
apesar desse poder governamental ser extremamente restrito, possibilitando
apenas que a Igreja continue operando e realizando funções básicas, sem poder
tomar decisões ou compromissos que são normalmente delegados apenas ao Papa,
como já citados acima.
O
Camerlengo, ainda assim, mantém seu escritório durante a sede vacante, ao
contrário do resto da Cúria Romana.
O
CAMERLENGO ATUAL é o Secretário de Estado de Sua Santidade Sua
Eminência Reverendíssima Dom Cardeal Tarcisio
Bertone, Cardeal-bispo de Frascati.
O CARDEAL CAMERLENGO, O
ITALIANO TARCISIO BERTONE, É UMA ESPÉCIE DE "PAPA INTERINO",
ENCARREGADO DE GERENCIAR A IGREJA ATÉ QUE O NOVO PONTÍFICE SEJA ELEITO.
SEUS PODERES, NO ENTANTO,
SÃO REDUZIDOS.
TODOS OS MAIS ALTOS CARGOS DO GOVERNO DA IGREJA, ISTO É, A CÚRIA ROMANA, DEVEM SE DEMITIR DE SUAS FUNÇÕES quando o papa morre, segundo a Constituição Apostólica promulgada em 1996 por João Paulo II , a regra também vale em caso de demissão.
TODOS OS MAIS ALTOS CARGOS DO GOVERNO DA IGREJA, ISTO É, A CÚRIA ROMANA, DEVEM SE DEMITIR DE SUAS FUNÇÕES quando o papa morre, segundo a Constituição Apostólica promulgada em 1996 por João Paulo II , a regra também vale em caso de demissão.
Somente o cardeal camerlengo continua a postos para administrar o
que acontece na Igreja.
"Na morte do pontífice, todos os chefes dos dicastérios da Cúria Romana, o cardeal secretário de Estado, os cardeais prefeitos, os bispos presidentes, assim como os membros desses ministérios, deixam seus cargos.
"Na morte do pontífice, todos os chefes dos dicastérios da Cúria Romana, o cardeal secretário de Estado, os cardeais prefeitos, os bispos presidentes, assim como os membros desses ministérios, deixam seus cargos.
As únicas exceções são o Camerlengo da Santa Igreja e o
Grande Penitenciador, que continuam resolvendo o que acontece
diariamente", indica o artigo 14 da Constituição.
Monsenhor
Bertone deverá simbolicamente tomar posse das funções papais, o Palácio
Apostólico do Vaticano, os palácios do Latrão, sedes da diocese de Roma, onde o
papa é por tradição o bispo, e de Castel Gandolfo, residência de verão dos
papas. Esta última será, contudo, ocupada do Joseph Ratzinger, situação inédita
na história recente da igreja.
Número dois do Vaticano, Bertone, foi nomeado camerlengo em abril de 2007.
Originário de Romano Canavese, uma pequena região italiana do Piemonte, o salesiano Tarcisio Bertone colaborou durante sete anos (1995-2002) com Ratzinger quando ele foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, antes de ser nomeado em 2006 Secretário de Estado do Vaticano, espécie de "chefe do governo" da Santa Sé.
Número dois do Vaticano, Bertone, foi nomeado camerlengo em abril de 2007.
Originário de Romano Canavese, uma pequena região italiana do Piemonte, o salesiano Tarcisio Bertone colaborou durante sete anos (1995-2002) com Ratzinger quando ele foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, antes de ser nomeado em 2006 Secretário de Estado do Vaticano, espécie de "chefe do governo" da Santa Sé.
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