ZUMBI DOS PALMARES É O MAIOR ÍCONE DA RESISTÊNCIA NEGRA
AO ESCRAVISMO E DE SUA LUTA POR LIBERDADE. OS ANOS FORAM PASSANDO, MAS O SONHO
DE ZUMBI PERMANECE E SUA HISTÓRIA É CONTADA COM ORGULHO PELOS HABITANTES DA
REGIÃO ONDE O NEGRO-REI PREGOU A LIBERDADE.
SAIBA UM POUCO MAIS SOBRE
O ZUMBI DOS PALMARES
Vinte de novembro é o Dia Nacional da
Consciência Negra.
A data - transformada em Dia Nacional da
Consciência Negra pelo Movimento Negro Unificado em 1978 - não foi escolhida ao
acaso, e sim como homenagem a Zumbi, líder máximo do Quilombo de Palmares e
símbolo da resistência negra, assassinado em 20 de novembro de 1695.
O
Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, por cerca de 40 escravos
foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo, a
organização dos fundadores fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira
cidade. Os negros que escapavam da lida e dos ferros não pensavam duas vezes: o
destino era o tal quilombo cheio de palmeiras.
Com
a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos,
formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O mocambo do macaco,
localizado na Serra da Barriga, era a sede administrativa do povo quilombola.
Um negro chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
Alguns
anos após a sua fundação,o Quilombo dos Palmares foi invadido por uma expedição
bandeirante. Muitos habitantes, inclusive crianças, foram degolados. Um
recém-nascido foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio
Melo, um padre da vila de Recife.
O
menino, batizado pelo padre com o nome de Francisco, foi criado e educado pelo
religioso, que lhe ensinou a ler e escrever, além de lhe dar noções de latim, e
o iniciar no estudo da Bíblia. Aos 12 anos o menino era coroinha. Entretanto, a
população local não aprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como
filho, e não como servo.
Apesar
do carinho que sentia pelo seu pai adotivo, Francisco não se conformava em ser
tratado de forma diferente por causa de sua cor. E sofria muito vendo seus
irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Por
isso, quando completou 15 anos, o franzino Francisco fugiu e foi em busca do
seu lugar de origem, o Quilombo dos Palmares.
Após
caminhar cerca de 132 quilômetros, o garoto chegou à Serra da Barriga. Como era
de costume nos quilombos, recebeu uma família e um novo nome. Agora, Francisco
era Zumbi. Com os conhecimentos repassados pelo padre, Zumbi logo superou seus
irmãos em inteligência e coragem. Aos 17 anos tornou-se general de armas do
quilombo, uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje.
Com
a queda do rei Ganga Zumba, morto após acreditar num pacto de paz com os
senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei e levou a luta pela liberdade
até o final de seus dias. Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela
expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu
junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, então
terra de Pernambuco.
Contudo,
em 20 de novembro de 1695 Zumbi foi traído por um de seus principais
comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do
esconderijo. Zumbi foi então torturado e capturado. Jorge Velho matou o rei
Zumbi e o decapitou, levando sua cabeça até a praça do Carmo, na cidade de
Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até sua completa decomposição.
“Deus
da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo”. Seja qual for a tradução
correta do nome Zumbi, o seu significado para a história do Brasil e para o
movimento negro é praticamente unânime: Zumbi dos Palmares é o maior ícone da
resistência negra ao escravismo e de sua luta por liberdade. Os anos foram
passando, mas o sonho de Zumbi permanece e sua história é contada com orgulho
pelos habitantes da região onde o negro-rei pregou a liberdade.
Fontes:
Dpnet.com.br
O Dia On-Line
Feranet21.com.br
O Dia On-Line
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